A Árvore da Cocanha

Boa noite, jóias refulgentes da criação. Nesta madrugada de sexta em que, mandado Bruno em paz, nada acontece, convém talvez contar uns cabrititos saltando cercas pela pradaria. Um, três, treze, trinta e três. Ou, em alternativa, se a matemática não for o nosso forte, ocuparmo-nos com uma reflexão correcta e agudíssima. Seja por exemplo esta simples e modesta: já notaram que o Hugo Chavez foi bem melhor do que o Maduro? Tal como o Cunhal foi melhor do que o Jerónimo, e o Che foi melhor do que o Fidel, e este foi melhor do que o Raul, e o Kim-pai melhor do que o Kim-filho, e o Kim-filho melhor do que o Kim-neto, e o Lenine melhor do que o Trotsky, e este último melhor do que o Estaline, e o Mao Tse-Tung melhor do que …. bom, do que a mulher dele, qualquer que tenha sido o nome dela, talvez Yoko Ono? Há aqui – parece-me – neste fenómeno repetido e regular uma espécie de lei geral em acção, que talvez possamos resumir dizendo que, nos Paraísos Socialistas, o melhor acontece sempre no Princípio, o qual dá lugar a continuações um pouco menos boas e assim sucessivamente, de menos bom em menos bom, até à catástrofe final da instauração da ditadura do (super)mercado.

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